terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Carnaval 2016

Fui convidado por alguns amigos a passar alguns dias durante o carnaval em uma fazenda no interior de Minas Gerais.

No início relutei um pouco devido à distância que iria dirigir, pois o ato de dirigir tem se demonstrado muito agressor para mim a algum tempo. Não sei se é a posição que ficamos durante muito tempo ou apenas impressão minha mesmo. Mas no fim acabei aceitando, afinal o contato com a natureza, o refúgio no meio do mato e a distância da rotina sempre me fazem muito bem.

Chegado o dia, fomos rumo à Fazenda Veredinha no norte de Minas Gerais. Quão grande foi minha surpresa ao chegar ao local e me sentir muito bem recebido e acolhido. Fiz um breve passeio pela parte central da fazenda e constatei que iria me divertir muito.

O contato com a natureza sempre me fez muito bem e fizemos no domingo um pedal pela fazenda, onde nos divertimos muito, tomamos banho de balde próximo à uma grande caixa d'água e finalizamos o dia pescando. Como isso me fez bem! Estava renovado e aguardando ansiosamente pelo dia seguinte em que faríamos um pedal mais longo, ao em torno de 90 km.

Ao amanhecer tomamos café e saímos rumo à Paracatu. Os primeiros quilômetros demonstravam que seria um grande passeio, mas isso foi um ledo engano. Pouco após os 40 quilômetros percorridos nos deparamos com árvores caídas na estrada e uma ponte quebrada que tivemos que refazer para o carro de apoio poder transpor.

O sol foi castigando cada vez mais e a água acabando, assim como a alimentação que havíamos levado. Apesar do escassez de água e alimento, resolvemos continuar e nos deparamos com mais uma barreira e essa se mostrou muito complicada, uma porteira com corrente e cadeado. Não havia o que fazer a não ser nos despedirmos o carro de apoio que foi tentar uma nova saída e combinamos de nos encontrarmos em Paracatu.

Passamos por dentre várias fazendas e sempre que tínhamos a oportunidade pedíamos água para os moradores que nos atendiam com muito carinho e curiosidade.

As montanhas foram parecendo maiores, os morros mais pesados e o cansaço já falava forte. Afinal já se passavam das 18h, entretanto tínhamos que chegar em Paracatu para encontrarmos com as pessoas que estavam no carro de apoio.

Muitos morros apareceram para ser transpostos e eu me senti muito feliz, pois não senti nenhuma dor que me interrompesse do objetivo de subir os morros sem ter que empurrar a bike.

O carnaval passou sem que eu sentisse dores, sem que a EA me atrapalhasse a curtir o esporte que eu tanto gosto de praticar, sem que eu tivesse que atrapalhar a programação dos meus amigos por causa de minhas limitações.

Tudo na vida são escolhas e eu escolho ser feliz e viver a vida com intensidade, pois sei que a EA ataca no sedentarismo e que somos compostos por estrutura muscular e óssea, porém a minha estrutura óssea é ou poderá ser fragilizada. Como não quero que isso aconteça, vou sempre reforçando minha estrutura muscular para suprir a falta ou fracasso da estrutura óssea.

Agradeço aos amigos que me deram apoio nesses dias José Erimá, Ladinha, Walter César, Juliane Rocha, dona Nilda e à minha sempre companheira e incentivadora Jordana Cunha.




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