quinta-feira, 28 de abril de 2016

Evite Ambientes e Situações Desfavoráveis

Geralmente não gosto de publicar situações ruins ou constrangedoras, na verdade o intuito aqui é
mais mostrar como viver bem com a EA. Mas acho que a troca de experiências é válida até mesmo para servirem de lições aprendidas.

Há muito tempo tenho notado a decadência do ambiente acadêmico, muitas instituições de ensino vêm se demonstrando mais preocupadas em financiar um diploma do que realmente com a educação dos alunos que, por sua vez, também não querem se esforçarem para conquistar um diploma já que esse pode ser pago.

Na minha última aula desse mês, levei meus alunos para o laboratório de informática para exercitarmos e aprofundarmos os conhecimentos em banco de dados, uma disciplina que eu acho de muita importância para a formação acadêmica.

Tentei iniciar a aula com a exposição do tema que aprofundaríamos na prática, contudo foi impossível uma vez que o laboratório estava mais parecido com uma feira ao ar livre. Assuntos fúteis, desnecessários e em nada condizente com o ambiente acadêmico eram discutidos a todos pulmões. Tentei, inutilmente, trazer os alunos para a realidade da aula, mas foi em vão. Tão em vão quanto minha presença em sala de aula.

O clima ficou mais chato quando os alunos que estavam em busca de conhecimento e que reconhecem o valor tanto pago pela disciplina quanto o valor daquele conhecimento em suas vidas, começaram a pedir respeito por parte dos demais alunos.

Essa situação foi ficando insuportável e eu mesmo me exaltei, fiquei com raiva, chateado e até mesmo fui rude com algumas pessoas que mereciam ou não, mas isso não é meu feitio. Por isso, digo que eu errei até mais que os alunos que não se respeitam quanto mais respeitarão as outras pessoas.

Eu passava pouca matéria no quadro e propunha alguns exercícios sem ao menos explicá-los, uma vez que não havia ambiente em meio à feira livre que o laboratório se tornou.

Na hora do intervalo, fui para a sala dos professores no intuito de colocar a cabeça no lugar e me
livrar das dores que acometiam minhas costas. Como nenhum dos dois objetivos foi concluído, eu optei por não retornar ao laboratório para continuar com a "aula".

Interessante como que aquela noite foi tão dolorosa para mim. As queimações e dores nas cotas me faziam ficar ainda mais tenso e quanto mais tenso mais intensa as dores.

Cheguei em casa e mal consegui tomar banho de pé, pois as dores que estavam nas costas agora refletiam nas panturrilhas e tornozelos.

Eu fiquei por algumas horas pensando em tudo que eu havia vivido naquela noite e, lamentavelmente, cheguei à conclusão que uma alternativa é abandonar, temporariamente, a vida acadêmica até que eu aprenda a conviver com essa situação caótica que se tornou lecionar nas faculdades no nosso país.

O relato aqui é meio que um desabafo, mas um reforço do post O Psicológico e a Espondilite Anquilosante.

Eu sei que a questão não é querer ou não querer sentir dores, mas temos a opção de escolha quanto aos ambientes e situações que queremos viver.

Hoje eu acordei sem dor alguma, um pouco chateado com tudo que ocorreu, mas como seu sempre venho dizendo: Optei por viver intensamente a vida e não a dor!

Penso que tenho a opção de querer e ser feliz, essa opção se renova a cada manhã. É isso que busco e é nisso que acredito.


"Você vai ser feliz,

mas antes a vida vai 
te ensinar a ser forte." (Guilherme Vanin)


"Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém" (Legião Urbana)

Optei por viver intensamente a vida e não a dor!

3 comentários:

  1. Força amigo! Devemos afastar as interferências ambientais em nosso estado, já que os fatores genéticos é impossível, mas deve também comparar as possibilidades de como afastar, e se será melhor para você.

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    1. Algumas coisas temos que aprender a conviver, outras temos a opção de tirar de nossas vidas.

      Fé e felicidade sempre.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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