Desde que fui diagnosticado com a EA que minha vida tomou uma direção bem diferente de tudo que eu pensava até a data do diagnóstico.

Não que eu tenha me entregado à doença ou que venha a viver em função dela. Sim, no início isso passou pela minha cabeça.
É impressionante como que o amadurecimento provido por uma doença crônica nos fazem ver o mundo e as pessoas de forma diferente. Parece que tudo aquilo que até então era prioritário, a busca infindável, ou até mesmo, a loucura por crescimento pessoal e profissional se tornam tão fúteis e desnecessário.

Tenho percebido o quanto as pessoas tendem a ser negativas e terem uma ótica voltada apenas para as coisas mais difíceis e pesadas do dia-a-dia, porém uma grande maioria vive de forma diferente que transcende essas picuinhas do cotidiano.
Vivemos, infelizmente, uma sociedade reclamante que justifica tudo em sua volta por alguma reclamação de vida ou de alguém. Ninguém tem culpa de nada e todo o fracasso é responsabilidade de alguém ou de alguma situação específica.

Eu tenho amigos que reclamam muito que vivem com o foco nas coisas ruins e são sempre atraídos e atraem essas peculiaridades para eles. Também tenho amigos que vivem sorrindo, independente do que tenha acontecido, me recebem sempre com um lindo e grande sorriso no rosto. Esses estão sempre dispostos a melhorar e viver a vida intensamente feliz.


Eu não abandono nenhum desses anjos, sejam os felizes ou os melancólicos, pois ambos me ensinam a como ser e como não ser. Talvez o fato de estar observando melhor o ambiente ao meu entorno tem me ensinado a aprender a ser feliz mesmo em momentos de hostilidades.
Ao nosso lado tem a frieza dos concretos, mas tem a beleza e vivacidade de uma mãe e seus encantos que têm sido meus aliados nessa experiência positiva com a Espondilite Anquilosante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário