segunda-feira, 28 de março de 2016

Páscoa e Atividade Ao Ar Livre Contra a EA


No feriado de Páscoa, resolvemos ir para uma cidade do interior de Minas Gerais chamada Catas Altas que fica a aproximadamente 100 quilômetros de Belo Horizonte.

Combinamos ir de bike, pois há uma estrada de chão que liga as cidades passando pela Estrada Real.

Na sexta-feira saímos de BH por volta das 6:40 da manhã rumo à Catas Altas, porém passaríamos por Sabará e Caeté via asfalto e daí em diante seguiríamos via estrada de chão até Barão de Cocais, mais um pedaço de asfalto até Santa Bárbara e novamente chão até Catas Altas.


O fato de estar com pessoas agradáveis e fazendo um esporte que eu gosto muito me fazem muito bem. Em momento algum das mais de 12 horas pedalando eu senti algum incomodo relacionado á EA.

No sábado estava programada uma visita ao Santuário do Caraça que fica a aproximadamente 34 quilômetros da Pousada onde estávamos. Desses 34 quilômetros, 11 são só de subida a qual gastamos em torno de 2 horas para vencermos. Chegamos lá e fomos agraciado com uma chuva muito forte. Esperamos muito tempo e então resolvemos voltar para a pousada mesmo com chuva. Dos 11 amigos que foram pedalando apenas 4 voltaram pedalando, dentre eles eu.

Foi uma experiência muito agradável, eu voltei a ser criança e me senti tão feliz quanto uma quando ganha um brinquedo novo.

No domingo o plano era regressarmos para BH pedalando e eu não pude deixar o fazer. Ficamos perdidos por um caminho novo que resolvemos fazer, mas mesmo assim eu me diverti muito. Até fui questionado como consigo manter a serenidade mesmo em situações adversas? Ao que eu respondi: Eu prefiro aproveitar todo e qualquer momento que me sinta bem, mesmo porque não sei até quando eu poderei fazer esse tipo de programa.

Fizemos um total de 394 quilômetros entre a sexta-feira da paixão e o domingo de Páscoa. Eu estou muito feliz, sem nenhum tipo de dor ou incomodo que eu possa relacionar à EA. Sinto logicamente a musculatura das pernas cansadas, mas nada nas costas ou lombar.

Como não estou sentindo nenhuma dor nas costas, na lombar ou tórax chegou à feliz conclusão que todo o esforço que venho fazendo com academia, treinamento funcional e alongamentos estão mais eficazes que eu mesmo imaginava que poderia ter como resultado.

Estar com pessoas agradáveis e em locais tão agradáveis quanto são sinônimos de bem-estar para mim e que me fazem até mesmo esquecer que tenho EA. O contato constante com a natureza e ao ar livre me fazem sentir vivo e que sou capaz de tudo aquilo que eu quiser.

As limitações existem, mas temos que saber que são limitações e não impossibilidades. Viva e viva com muita intensidade a vida e não a dor.

A sensação de liberdade que o ciclismo me proporciona é um grande remédio para a minha vida, não estou dizendo apenas em relação à Espondilite Anquilosante, mas para o meu dia a dia e rotina da vida cotidiana de um analista de sistemas e professor universitário.

Minha mulher, que sempre está comigo, relata sempre que eu sou uma pessoa quando pedalo e uma pessoa muito mais difícil quando estou em "abstinência" da pedaladas.

Por diversos motivos, agarro o ciclismo como esporte e faço outros esportes para me capacitarem a continuar pedalando e conhecendo locais como estes que compartilho com vocês.

Não tenhamos presa e aprendamos como as crianças a dar um passo de cada vez até alcançarmos nossos objetivos.

Viva bem e melhor.

4 comentários:

  1. Oi Hélio! Estou acompanhando sua evolução no ciclismo há dois anos e fico extremamente feliz com essa sua negativa de se entregar à EA. Você para nós do Bike de Elite é um exemplo de superação, de alegria e de amor à vida e ao MTB. Nesse feriado você pedalou demais e nos guiou numa cicloviagem fantástica, recheada de momentos felizes e de apreciação e reverência à Natureza. Obrigada pela companhia de sempre e por ser tão humano e amigo. Que venha a próxima cicloviagem! Um abraço afetuoso! Juliane

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  2. Juliane,

    obrigado pelo carinho e apoio de sempre. Quanto à evolução, fico muito admirado como que você se supera a cada dia e a cada cicloviagem que fazemos.

    Eu entendo os meus limites atualmente, mas me recuso a ficar reclamando das dores que sinto se sei que posso lutar contra ela. É difícil no início, mas a vitória diária me dá mais força para continuar e acreditar que estou no caminho certo.

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    1. Se todos fossem e pensassem igual a vc!!! Grande Hélio!!
      Meu abraço e minha admiração.

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    2. Meu amigo Henrique, me inspiro muito na sua vontade de viver e carisma.

      Obrigado pelos vários ensinamentos

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